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Faço poesias
Faço poesias,
Uma compulsão,
As palavras se aglomeram
Enchem meus pensamentos.
Não falo,
Não são palavras,
São sentimentos,
Sonhos, imaginação, delírio.
Tudo tem que sair, espargir-se
Semear no mundo outras crises.
Sem isso não vivo.
Não respiro,
O ar sufoca,
Me aprisiono,
Vejo além da superfície,
E o que vejo não digo!
São verdades tão pungentes,
Que só em versos podem andar livres.
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